24 de novembro de 2013

Testemunhos Reais

Olá curiosos,
Hoje trazemo-vos alguns testemunhos reais de adolescentes que têm gaguez.

“Quando meto o pé na escola parece que estou a entrar no inferno… começam todos os meus problemas!... Sinto também que os professores não compreendem o meu problema e expõem-me demasiado”
(Adolescente gago de 14 anos)

“Sei que os meus pais discutem por minha causa: eles já não sabem como hão-de lidar com este meu problema… eles não merecem um filho assim!”
(Adolescente gago de 17 anos)

“Recuso-me a dizer a palavra MATEMÁTICA, até já criei uma nova palavra: ÁTICA, bem mais fácil não?”
(Adolescente gago num chat da Internet)

“Ao longo da minha vida têm existido períodos de tempo em que me sinto melhor que outros. Quando eu era pequeno se calhar não me deram aquilo que eu necessitava, mas isso para mim já não me preocupa muito. Neste momento estou muito melhor, estou a falar melhor e a ler cada vez melhor (…)”
(Adolescente gago em sessão de terapia)

O que achaste destes testemunhos?

Analisando globalmente estes excertos conseguimos observar que por detrás destas palavras existe frustração, tristeza, sentimento de culpa, angústia e comportamento de evitação. Para um gago é necessário reduzir os seus medos e outros sentimentos negativos associados à gaguez, pois quando o gago se torna menos emotivo perante a sua gaguez, melhora a sua fluência e mais fácil será a intervenção. Deste modo, uma melhoria no meio ambiente pode melhorar a fluência e o desenvolvimento de uma auto-estima saudável diminuindo/eliminando os reforços negativos, as "chamadas de atenção", as correções, etc.
            O nosso papel como amigos, pais, colegas e professores é o de compreender e ajudar ao máximo estes jovens, para que eles não vivenciem sentimentos negativos e que sintam que não são julgados, incompreendidos, gozados e discriminados. Ainda existe muito para fazer, mas todos juntos vamos conseguir!



Curiosidade: Sabias que um dos métodos clínicos de intervenção com bons resultados na gaguez são sessões de grupo com jovens que apresentam dificuldades semelhantes?

Sem comentários:

Enviar um comentário